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Quem é você e o que faz?

Meu nome é Jaydson Gomes, nasci e moro em Porto Alegre. Atualmente me aventuro no mundo empreendedor com a NASC, empresa responsável pelas atividades do BrazilJS. Sou desenvolvedor de software há mais de 12 anos, e o JavaScript sempre foi o meu principal foco.

Não sou daqueles meninos prodígios, comecei na área relativamente tarde, aos 17 ou 18 anos. Até essa idade eu não tinha computador em casa. Meu contato com computador e internet se dava quando visitava meus primos mais afortunados. No início eu trabalhava com manutenção de computadores e essa foi uma experiência muito legal, pois foi trabalhando com hardware que descobri que o que eu queria mesmo era software.

Iniciei um curso técnico de informática que fiz até a metade, pois decidi que queria fazer uma faculdade. Me formei em 2008 em Análise e Desenvolvimento de Sistemas na faculdade do Senac em Porto Alegre. Passei por algumas pequenas empresas de desenvolvimento, agências e startups.

Durante 4 anos (2011 - 2015) trabalhei no portal Terra como desenvolvedor sênior JavaScript, sendo responsável por criar APIs para o uso em todos os produtos na América Latina, além de criar/cuidar/manter o ambiente de desenvolvimento Front-end. Minha principal atividade hoje é cuidar dos produtos da BrazilJS, como o portal e a conferência. Desde o início da minha carreira eu participo ativamente de comunidades open source. Isso moldou muito do meu trabalho posterior com a BrazilJS.

Qual hardware você usa?

Meu computador atual é um Notebook Dell Inspiron 15-5000 rodando o Ubuntu Linux 14.04. O Notebook possui 16GB de RAM, é um Core i7, placa de vídeo offboard Intel 4GB, com HD híbrido SSD e tela touch (o que é bem útil). Eu tenho o melhor headphone do mundo, um Sony MDR1RNC.

Workspace de Jaydson Gomes.
Workspace de Jaydson Gomes.

Não vivo sem esse headphone e principalmente sem a melhor feature: noise- canceling. Meu celular atual é um Android Moto Maxx, que diga-se de passagem, é um excelente smartphone. Meu Kindle está sempre por perto. Mas sendo bem honesto, não leio tanto como gostaria, e é por pura preguiça mesmo. É difícil eu me concentrar em uma leitura não-técnica por muito tempo. O ChromeCast é um item indispensável. Quando estou trabalhando, sempre jogo para a TV algum vídeo do YouTube, faço chamadas de vídeo, etc.

A Dime está sempre por perto, sempre querendo atenção. Dime é a minha guitarra, uma belíssima Deam Black Bolt ML.

Qual software você usa?

Eu uso Linux. Já usei diversas distribuições, mas hoje estou com o Ubuntu. Não tenho um navegador principal, atualmente tenho sempre aberto o Brave, Firefox e Chrome. Mas para o desenvolvimento, o DevTools do Chrome continua sendo o melhor IMHO. Para chat, o Slack, Facebook, Twitter, WhatsApp e Telegram precisam estar sempre abertos, por mais que isso me incomode. As apps online do Google são imprescindíveis para o meu trabalho diário, principalmente o Inbox. Poder adiar/agendar emails como tarefas é uma feature que me agrada muito. Como editor, o Sublime continua sendo o meu preferido. Sou um músico frustrado, e obviamente adoro música. Não consigo trabalhar sem ter algum som tocando. Eu uso o cliente Spotify para Linux, mas a versão Web é muito boa também. Minha rede social preferida é o Github, tenho sempre algumas abas abertas com os projetos que trabalho e acompanho.

Printscreen do desktop de Jaydson Gomes.

Como citei anteriormente, meu foco sempre foi JavaScript. Eu adoro programar coisas com essa linguagem. Depois que surgiu o Node.js tudo ficou ainda mais divertido. Eu me considero meio velho nesse segmento e já passei por muitos e muitos ciclos na história do desenvolvimento client-side. Eu ainda defendo a ideia de que é preciso aprender JavaScript e não algum framework. Por mais que eu tente adotar o novo mega-blaster-problem-solver-at-scale do momento, acabo sempre ficando com soluções mais "caseiras". A ideia de micro-módulos é a que mais me agrada. Mas existem casos e casos. Para versionamento, obviamente git. Gosto bastante do Grunt como ferramenta de automação, mas tenho usado cada vez mais o npm para fazer isso.

O que te motiva a fazer o que faz?

Falhei miseravelmente em ser músico. Eu não me vejo fazendo outra coisa que não seja trabalhar com tecnologia e especialmente com a comunidade de desenvolvimento. A gratificação de fazer um software que ajuda as pessoas, ou fazer um evento que inspira toda uma comunidade é tão grande quanto tocar ou ouvir uma boa música.

Um herói?

Existe um movimento estranho onde idolatrar alguém ou ter alguém como herói é errado. Eu não apenas não entendo, como acho totalmente sem sentido este movimento. É da natureza do ser humano ter ídolos. Todos idolatram alguém, mesmo que lá no fundo. Tenho vários ídolos na música, na vida e na tecnologia. Linus Torvalds é uma pessoa que admiro muito. Ele é um dos caras que mudou a tecnologia para sempre. Brendan Eich é o cara que criou a linguagem que uso diariamente há mais de 12 anos. Eu o admiro pela criação da linguagem e por todos outros projetos que ele criou que mudaram a Web. Fat Mike é um Punk empresário que mudou a cena musical mundial. Assim como o JavaScript, sua banda me acompanha desde o final dos anos 90 e até hoje escuto NOFX como se fosse um adolescente. Estas pessoas me inspiram pelos seus projetos incríveis que mudaram o mundo e mudaram a maneira que eu vejo o mundo.