Quem é você e o que faz?
Meu nome é Alexandre Gaigalas. Sou do Grande ABC, algo complicado de explicar. São cidades na borda de São Paulo, e por algum motivo não gostamos que chamem o nosso lado da borda de interior.
Lá só estudei até o colégio. Comecei a trabalhar cedo e longe, o que me dava tempo pra cochilar e ler no trem, trabalhar o dia todo e programar banhado em insônia na madrugada. Meu primeiro emprego marcante foi na Kingo Labs, ajudando a criar alguns dos primeiros produtos sociais brasileiros, incluindo o migre.me e o sorteie.me.
Com o tempo fiquei sabendo de eventos com palestras sobre os temas que eu lia nos livros, e passei a aprender também com comunidades de programadores locais. Uma decisão chave foi vencer a timidez e começar a palestrar nesses eventos.
Meu emprego mais divertido foi na Arizona, como pesquisador de tecnologias pra processamento de imagens. Trabalhei com caras como Ivo Nascimento, Anderson Casimiro e Ivan Rosolen, que foram pessoas que eu vi palestrar antes de eu sequer pensar que eu subiria em um palco.
Uma grande sorte foi conhecer o Guilherme Chapiewski e trabalhar no time do Yahoo! Brasil. Fui transbordado de boas práticas e idéias de mentes únicas. Tive a oportunidade de conhecer os Estados Unidos e até recusar uma proposta para morar lá.
Qual hardware você usa?
Eu compro um notebook de preço médio a cada 2 ou 3 anos. No momento estou com um ASUS N46VM de meia vida e com a carcaça quebrada, mas que ainda funciona bem. Tem 8 núcleos, placa de vídeo dedicada, 8GB de memória e 1TB de HD.
Minha companheira inseparável é uma Bose SoundLink II portátil que tem 8h de bateria e som que enche uma sala tranquilamente. Fora isso, não carrego mais nada eletrônico na minha velha mochila Risca.
Qual software você usa?
Na maior parte do tempo eu estou em um Ubuntu, mas também tenho o Windows 8.1 instalado na máquina. Tenho quase todos os outros sistemas virtualizados em um HD externo que eu uso pra testar coisas.
Meu navegador pessoal é o Firefox. Uso minhas web apps todas nele, inclusive no smartphone, um velho Samsung Galaxy SII que tenho usado cada vez menos. Eu visito bastante o Duolingo, Khan Academy, Twitter e reddit. Meu editor é o Sublime Text 3.
As ferramentas que mais uso são os empacotadores apt, composer, npm, e bower. Uso o git pra controle de versão e o VirtualBox + Vagrant pra virtualizar tanto no Ubuntu quanto no Windows. No Windows eu também instalo o MinGW que me dá um shell e ferramentas familiares.
Minhas principais linguagens são PHP e JavaScript. Tento aprender ou pelo menos entender as demais e tenho praticado o zen de fugir das comparações entre elas. Sempre trabalhei em times que sabiam tanto back end quanto front-end.
Onde quer que eu programe, minha prática predileta é modelar APIs semânticas. Minha especialidade são DSLs (APIs que parecem micro linguagens) e o estilo REST. Gosto de integrar padrões como HTML, Web Links, JSON-LD e RDF em APIs tradicionais.
Sou um dos autores do Respect, meu conjunto de ferramentas prediletas pra PHP.
O que te motiva a fazer o que faz?
Acho a profissão divertida e útil pra sociedade. Quem programa pra web tem o potencial de melhorar como as pessoas se comunicam em larga escala e a responsabilidade de não piorar ou distorcer essa comunicação. É uma liberdade que talvez só essa geração tenha antes que a profissão se transforme.
Um desejo?
Não parar de aprender e sempre ter algo novo pra colaborar com o mundo. Se puder ter uma vida tranquila e sem os causadores de estresse típicos do mundo do desenvolvimento, melhor ainda!